Vai longe a época em que escritores tinham alguma presença na sociedade brasileira. Até a década de 1970, eles ocupavam — como cronistas, ensaístas, poetas, contista e críticos literários — as páginas de revistas e jornais. Seus livros eram discutidos nos suplementos literário, em um efervescente debate cultural de que temos registro por coletâneas de textos do período. Muitos dos escritores participavam até das discussões políticas e sociais.
No auge da pandemia, todas as noites, tentando fugir do clima histérico causado pelos urros de impeachment que (eu moro na Vila Madalena) entravam pela janela, eu e a minha mulher sentávamos pra conversar sobre qualquer coisa que não a pandemia…
Queria que as pessoas parassem com essa história de que “a literatura é uma ocupação perigosa”.
Wodehouse nunca “enfiou a cabeça no escuro”. Ou ele estava “enfiando a cabeça no escuro” quando escreveu que o Bertie teve que deixar o Jeeves cortar a gravata preferida dele? Ou que o Gussie Fink-Nottle bebeu suco de laranja com gim e nadou numa fonte pra caçar lagartixas
Entendo o que disse um dos principais autores da literatura lusa, o poeta português Manuel de Melo, quem definiu a saudade como um «bem que se sofre e mal de que se gosta».
Thomas Hobbes disse que “O Inferno é a verdade conhecida quando é tarde demais”. Em “Se Houvesse Um Homem Justo na Cidade”, Diogo Fontana nos apresenta uma outra possibilidade de Inferno, que é quando se conhece a verdade cedo demais e não conseguimos comunicá-la.
Neste local ermo e encantado, vive o argentino mais tranquilo de todo o litoral catarinense. Ali, as ondas estouram devagar e os rochedos escondem sambaquis imemoriais. Ali, durante a pesca da tainha, os peixes fulguram ao sol, e suas pilhas lembram despojos de prata sobre a areia.
Quando aterrei no aeroporto de Baku, às tantas da madrugada, vindo de Budapeste, deparei com muita gente à espera de muita gente no terminal de desembarque. Famílias à espera dos seus e pseudo-taxistas à espera para fazer das suas. Transportes públicos para o centro da cidade, não parecia havê-los.
O maestro Dante Mantovani, ex-presidente da Funarte, é o mais novo reforço da Editora Danúbio. O contrato foi assinado no começo de abril. Serão publicados dois livros do autor, ambos sobre música erudita.
Observamos hoje em dia uma grande preocupação de pais, professores, familiares e educadores com a Educação Infantil, pois todos percebem que tudo vai de mal a pior, algo está muito errado, embora raramente alguém se aproxime do correto diagnóstico da situação. A Música Clássica Ocidental, que chamo de Música Universal, é o repertório mais propício ao desenvolvimento das boas virtudes na infância e na juventude.
Meu amigo, se você não consegue acordar cedo, nem pagar os boletos, nem cozinhar um arroz bem soltinho, ninguém melhor para ajudá-lo do que a Suma Teológica. É pelo fato mesmo de sofrer com as circunstâncias da vida que você deveria ler Platão, Dante, Santo Tomás.
A literatura brasileira tem um gosto de condescendência atroz. A nota que a alma do escritor brasileiro vibra com mais frequência dentro de si não é nem pena mas é peninha. Sabe o chacra da peninha? Não é o do coração, é o da peninha. Fica entre o coração e o mamilo esquerdo.
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