Uma Cultura Deformada
Este texto está na orelha do livro “O Sentido da Tradição“, de Tasso da Silveira, publicado pela Ed. Eleia.
Por Diogo Fontana
A cultura brasileira está amputada; e cheia de enxertos estranhos. Tornou-se um monstro de Hyeronimus Bosch.
A culpa disso recai nas últimas gerações de intelectuais. Nunca um povo se viu assaltado por raça tão desprezível quanto a turba que ocupa os altos postos nas nossas instituições de cultura. Essa nuvem de gafanhotos devorou tudo, locupletou-se, e nos legou uma nação cujo patrimônio jaz em frangalhos. Foi essa gente que – ó símbolo! – deixou o Museu Nacional arder em chamas.
A estratégia de ocupação de espaços inspirada em Gramsci e adotada pela esquerda depois de 64 aos poucos estreitou o panorama intelectual. Tudo que rescendesse à direitismo e parecesse “reacionário” foi atirado às traças. Soterraram gente talentosa, elevaram nulidades. O resultado foi uma versão falsificada da cultura brasileira, um cânone mesquinho onde faltam nomes fundamentais.
O meu conterrâneo Tasso da Silveira é um dos nomes inconvenientes condenados ao ostracismo. Os textos deste volume deixarão claro ao leitor que ele, além de talentoso escritor e crítico literário, era um intelectual atento aos desenvolvimentos do seu tempo, e sentia-se confortável para comentar as obras de um Chesterton, de um Soloviev, de um Mauriac, de um Berdiaev, de um Unamuno, de um Guénon.
Espero que esta recuperação da obra de Tasso da Silveira ofereça aos mais jovens um desenho mais preciso da cultura brasileira.
Inscreva-se em nosso canal no Telegram: https://t.me/editoradanubio
Siga-nos também no Instagram: https://www.instagram.com/danubioeditoraa/
Detalhes do autor
Diogo Fontana
Nasceu em Curitiba em 1980. É autor dos livros “A Exemplar Família de Itamar Halbmann” (2018) e “Se Houvesse um Homem Justo na Cidade” (2022).
Já escreveu artigos para o jornal Gazeta do Povo e para os sites Brasil Sem Medo, Mídia Sem Máscara, Senso Incomum e Estudos Nacionais.
Mora em Santa Catarina com a esposa Gabriela e o filho Constantino.
Problema é que as pás soterram lá e cá, infelizmente.