As Canções de Coltrane (conto)

31, mar, 2025 | Artigos | 0 Comentários

Por Tiago Amorim

Era uma caixa pequena e marrom-escura, estava no centro da mesa e fechada, afinal por que o vendedor deixaria uma caixa velha de papelão fechada assim, e pensei como seria possível tantas pessoas passarem em frente àquela mesma barraca da feira e não se perguntarem o que havia dentro da caixa pequena marrom-escura. Eu havia perambulado pela feira como se vestido para a festa errada, procurando, buscando qualquer coisa que me dissesse respeito. Então fiquei ali parado, talvez uns dois minutos, olhando todos os objetos que estavam expostos em cima da mesa de madeira, e nenhum outro cliente se interessara pela pequena caixa de sapato, exclusivamente ela, marrom-escura, rodeada de quinquilharias, artefatos antigos a preços altos, um aparelho telefônico preto bem parecido ao da sala de estar dos meus avós. Então eu esperei que o homem atrás da mesa fosse distraído por um cliente — um cliente que só o encheria de perguntas sobre discos do Coltrane — e estiquei o meu braço direito sobre a mesa retangular até alcançar a caixa marrom-escura e abri-la. Era isso o que o homem das antiguidades estava vendendo? Um bolo de fotografias antigas? Eram fotografias velhas, dava para saber, a famosa borda branca em volta, as cores foscas ao estilo polaroide, talvez um pouco de poeira sobre a primeira foto. Como ele sabia que isso poderia interessar a alguém? É no mínimo curioso o desejo humano, que de repente uma pessoa queira ter as fotografias de outra que ele jamais conheceu. Inclinei-me mais um pouco para a frente, ficando quase nas pontas dos dedos para ver, porque eu precisava mesmo ver, e pareciam ser dezenas, e estavam todas juntas como um maço de dinheiro envolvido pelo elástico amarelo.

— Com licença, mas quanto quer pelas fotos?

O homem despediu-se do cliente que não comprara nada e imediatamente censurou-me com o olhar: eu estava segurando o maço de fotografias com a mão direita como se já fossem minhas, ou como se não tivessem grande valor, ou como se eu fosse qualquer sujeito ignorante em antiguidades — mas afinal de contas eu não estava segurando um rolo de desenhos de Pablo Picasso, pensei.

— Vendo a caixa por duzentos.

— Duzentos? Dou cento e cinquenta agora, é tudo o que eu tenho.

— Só posso fazer por duzentos.

Nunca fui bom negociador, e o erro estava claro, eu sequer perguntei a origem daquelas fotos, ou quem era o sujeito de regata branca, braços cruzados, as costas apoiadas numa rocha em alguma praia que eu jamais visitara. E as outras fotografias do maço, eu nem pedi para vê-las antes de dar o lance de cento e cinquenta. Talvez nós dois soubéssemos que eu as compraria não importasse o preço.

— Está bem, por duzentos, e pus a mão no bolso da calça para contar as notas, entregando-as dobradas ao vendedor. Ele ficou me olhando por alguns segundos, até que eu

entregasse o maço de fotografias que estava comigo, segurado firmemente pela mão direita, para que pudesse devolvê-las à caixa e colocá-las na sacola.

Obrigado, eu deveria ter dito, mas não disse nada, peguei minha sacola e saí andando rápido, mais rápido que de costume, as coisas mudaram e eu não estava mais matando tempo na praça enquanto minha mulher escolhia frutas no final da rua — em Curitiba somos acostumados a frequentar essas feiras de comida e antiguidades, elas acontecem em praças ou ruas fechadas, nos bairros e no centro da cidade. É possível fazer um circuito por elas, hoje no Largo da Ordem, no meio da semana no bairro Batel, na sexta-feira à noite na Praça da Ucrânia para comer um churrasquinho, talvez uma empanada argentina. Minha mãe sempre ia à da Praça, aos sábados de manhã, e voltávamos com sacos de plástico verdes, pesados, cheios de legumes e frutas, e por mais que aquilo me aborrecesse um pouco quando menino, hoje sinto saudade de ir a uma feira e apenas carregar sacolas, assistindo à minha mãe enquanto ela escolhe cenouras. Mas todos nós crescemos, e quando nos tornamos aqueles que devem escolher as cenouras e pagar pelo peixe, tudo muda. A feira agora é uma obrigação, uma obrigação que divido com minha mulher e quase sempre a contragosto, mal-humorado porque precisei sair de casa para um motivo tão prosaico. No entanto hoje, vejam bem, eu tinha um motivo para voltar de pressa para casa: eu veria as fotografias polaroide compradas de chofre, uma a uma, logo mais dispostas sobre a mesa do meu escritório. E tudo bem se por acaso eu fora enganado, talvez o homem das antiguidades tenha me achado um idiota, um comprador tolo e com dinheiro sobrando — mas eu não estava me sentindo tolo, essa é a verdade. Eu só queria chegar de uma vez em casa e desenterrar um tesouro de valor subjetivo. Por alguma razão eu voltei para casa me sentindo muito esperto, mais esperto do que todas aquelas pessoas andando de um lado para o outro, mães e filhos, avós e netos, gente sozinha no sábado — os sacos carregados apenas de vegetais e biscoitos.

 

Então eu tive que desembalar as compras, falar do preço das castanhas, ajudar com a separação dos temperos, ouvir comentários acerca do clima, já era para estar mais quente nesta época do ano, e lavar as folhas da couve, no almoço vamos comer bife acebolado, farofa de couve e purê de batata, tudo bem, sim, fica gostoso, e você quer que eu prepare a carne, posso fazer, e vou andando de um lado para o outro na cozinha e pensando nas minhas fotografias, no maço de fotografias secretas, afinal elas eram secretas, ninguém mais sabia delas — e se uma das fotos fosse de uma moça nua e a minha mulher não entendesse aquilo, eu precisava vê-las antes, estavam ainda na caixa marrom-escura, e a caixa marrom-escura sobre o banco atrás da mesa, não escondida, apenas discreta.

E pareceu um almoço de domingo, apesar de sábado, a demora em retirarmos os pratos da mesa, de sobremesa uma salada de frutas, as crianças brincando com seus celulares enquanto mastigavam pedaços de melão e de laranja, o que você fará agora, Adriana me perguntou, vou arrumar algumas coisas no meu escritório, você tem projeto para entregar, nada urgente eu respondi, ela começou a lavar a louça e me disse que eu podia ir, obrigado, dei um beijo no lado esquerdo do rosto e fui andando, tentando não chamar muita atenção. A caixa pequena marrom-escura estava logo ali, no banco da mesa da cozinha, e eu precisava pegá-la enquanto a Adriana estivesse olhando para a panela suja e foi isso que eu fiz — com a caixa debaixo do braço cheguei até o fundo da casa, no último quarto, onde fica meu escritório.

 

Era uma manhã de terça-feira, tenho quase certeza, terça ou quarta-feira, e eu havia chegado em Lisboa por volta das oito, talvez nove horas. Não tinha dormido direito no avião, mas assistido a pelo menos três filmes de ação durante as onze horas do trajeto. Meus contatos profissionais, um casal com negócios na América Latina inteira, foram gentis ao me buscarem no aeroporto — nos conhecíamos apenas pela internet — e me deixarem num pequeno hotel em Cascais, a meia hora do centro da capital (eu havia feito algumas pesquisas pelo Google e me interessara acima de tudo por essa cidade a meio caminho entre Lisboa e Sintra). Então eu pude tomar um banho, vestir outro tipo de roupa e andar sem compromisso pela cidadezinha litorânea. Mas eu estava com fome, e logo no começo do passeio vi uma padaria aberta, muito charmosa, vitrine atraente e com doces de todos os tipos — eu ainda não sabia o quanto os portugueses são afeitos a pasteis de nata, massas recheadas com creme de amêndoa, ovos açucarados e outras invenções de pastelaria. Quando entrei na loja tive uma sensação mista de conforto e estranhamento, os nomes dos sanduíches e tortas tão diferentes do Brasil, a minha tentativa de entender o que era uma arrufada, ou o tamanho de uma tostada de bola tipo mafra. A mulher que me atendeu de trás do balcão fora simpática — talvez tudo na minha presença dissesse recém-chegado — ajudando-me a ultrapassar os primeiros limites da experiência. Indicou-me com a mão uma mesa à minha esquerda, uma mesinha pequena, quadrangular e fixa no chão. Sentei-me à espera da primeira refeição em Portugal, e quando virei um pouco a cabeça para o outro lado percebi a enorme janela de vidro que ocupava quase toda a lateral da padaria. Era como estar num aquário, podendo ver tudo e ser também ser visto, as pessoas de fora que andavam com roupas mais pesadas em razão do vento frio que o mês de outubro trazia.

À minha volta estavam os outros clientes, os portugueses falando o mesmo idioma sem parecer que falavam o meu idioma. Mas conversavam baixo, eis uma grande diferença, o lugar quase cheio e um pouco de silêncio ainda se notava entre um gole de café e uma garfada de torta. Estou noutro país, pensei em confirmação, e meu pensamento pareceu-me tão alto quanto as vozes do casal ao lado. Eu era um estrangeiro, de fato, e aquela era a primeira vez que eu pisava num país diferente do Brasil. Comecei a comer meu sanduíche e uma ansiedade leve veio subindo na contramão, uma emoção diferente, mas comum aos ineditismos. Afinal eu saí do Brasil, de repente uma feira de tecnologia num lugar da Europa me trouxe para o outro lado do oceano, estou sozinho, queria que minha mulher estivesse aqui. A ansiedade descendo aos poucos, os pedaços de pão ajudam, vou tomando uma xícara de café lentamente e dando a entender que está tudo bem, você está num lugar incrível, olhe de novo como é bom e bonito.

Então eu fui parado por uma imagem: sentada no canto oposto, no fundo da padaria e junto ao grande vidro, uma moça de pele clara e cabelos pretos fartos, longos, o rosto delicado e os olhos escuros perdidos no horizonte, buscando qualquer coisa fora dali, do outro lado do vidro — talvez esperando alguém. Ela parecia vinda de um filme, saída de uma bela cena de filme europeu em que um jovem casal se ama muito, mas precisa se despedir porque ele tem um trabalho a fazer noutro país. A moça tinha as mãos juntas, segurando uma xícara de chá, provavelmente era chá, e vestia uma cacharréu bege, elegante, as mangas levemente puxadas para cima e os punhos à mostra, tudo tão delicado, ela estava sozinha e noutros tempos eu teria ido até ela para me sentar. Mas eu fiquei onde estava, terminando meu café e disfarçando a admiração. Como pode ser tão bonita, são assim as mulheres portuguesas? Teria esfregado meus olhos se estivesse um pouco mais à vontade; em vez disso me mantive fielmente interessado, piscando devagar para não borrar a imagem, parado como aquele rosto me enfeitiçasse. Não há malícia, qualquer um pode me descobrir sem constrangimento: estou admirando sua beleza. Ela mantinha o pescoço inclinado para a direita, para a rua, sequer mudou de posição ao longo de cinco minutos. Estava absorta … por que esperava? Por que a noite anterior a havia deixado reflexiva? Por que estava triste ou porque finalmente se sentia amada? Eu não saberia a resposta, e talvez isso tenha reforçado a sensação do momento, a de que jamais a esqueceria, nunca, nem mesmo do outro lado do oceano e com oito anos já passados. Durante alguns dias me arrependi de não ter usado o celular discretamente e tirado uma foto, apenas uma, da bela moça sentada rente ao grande vidro de uma padaria portuguesa. Mas a sua imagem ficou de alguma forma gravada na minha mente, impressa como uma cena forte sem necessidade de tragédia. Se me perguntam sobre minha primeira viagem a Portugal eu falo do trabalho, da experiência interessante de cruzar o mar e conhecer outras pessoas do ramo, dos restaurantes incríveis; porém eu gostaria mesmo era de falar daquela moça, do quanto ela era linda e parecia inventada, pintada logo na primeira cena da minha viagem ao velho continente. Eu me calo a respeito disso, evidentemente, como se a minha admiração por ela fosse segredo, um segredo tão bem guardado na memória, e tão perfeito, que às vezes me pego pensando se não passara de fantasia, e logo depois me entristeço porque no fundo era verdade.

Quando saí pela porta da frente da padaria em Cascais, depois de ter me levantado a despeito de um transe, quase um salto em favor do fluxo comum da vida, senti que me despedia de um enigma. Ao dar meus primeiros passos do lado de fora, esfregando as duas mãos para me esquentar, pensei em todas as imagens que a viagem de Portugal me traria — algumas esquecidas com o passar do tempo, outras para sempre.

 

Eram sessenta e quatro fotos polaroide, a maioria delas amareladas pelo tempo. Anos setenta, provavelmente. Vários personagens se repetem e um deles em especial, o jovem que eu batizei de Antônio, aparece em quarenta e duas dessas sessenta e quatro fotografias. Em quase todas ele está sem camisa, peitoral definido, porte atlético, sentado na areia da praia ou sobre uma pedra, ou abraçado a alguns amigos — como parece feliz o Antônio. Ele usa uma sunga vermelha sempre que vai à praia, e quando está vestido a sua marca pessoal é uma regata branca e um shorts azul-claro. Antônio é branco e se queima fácil sob o sol (está com o rosto vermelho em sete das sessenta e quatro fotos). Tem cabelos ondulados, castanhos, compridos até a base do pescoço. Ele sorri muitas vezes, mas em duas fotografias está com expressão séria, boca fechada, talvez contrariado porque uma menina ruiva, muito bonita, está ao lado de outro rapaz bonito numa dessas duas fotografias. Antônio poderia estar apaixonado pela melhor amiga, a Mel — algo me diz que era esse o seu apelido. Mas entrara em cena o jovem Cláudio, olhos verdes e barba cerrada, à primeira vista mais bonito do que o Antônio, e é o Cláudio quem está ao lado da Mel na foto tirada em frente ao quiosque, um quiosque grande de praia onde bebiam cervejas baratas e comiam iscas de peixe. E no entanto eu sei, assim como a Mel sabia, que Antônio era um rapaz muito melhor e a escolha certa para levar a casamento.

Decorei as sessenta e quatro fotografias de tanto vê-las em poucos dias. Compus e recompus a história de Antônio, Mel e Cláudio. Lembrei-me do poema de Drummond, um dos únicos poemas memorizados nos tempos de escola, João amarava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. E se houvesse acontecido uma tragédia, comecei a aventar, um desfecho criminal para o amor não correspondido de Antônio — Cláudio fora morto na garagem de casa, ao voltar um dia do trabalho; surpreendido pelo amigo ressentido, esfaqueado quatro vezes no peito. Mas de onde me veio essa ideia? Numa fotografia específica, uma das menos amareladas, cinco amigos estão em volta da mesa, uma mesa retangular pequena no centro de uma cozinha com azulejos azuis-claros. Mel estava fumando, o cigarro entre os dedos da mão esquerda, Cláudio na cadeira ao lado, rindo muito, poderia dizer que estava gargalhando a ponto de fechar os olhos, um casal muito magro no lado oposto da mesa, a menina de cabelos curtos e pretos, nem bonita nem feia, e numa ponta sozinho, as pernas cruzadas, os shorts azuis ainda mais curtos, os braços cruzados sobre o abdômen … o jovem Antônio, barba por fazer, olhos voltados para baixo, há um monte de cartas de baralho no centro da mesa, estão todos participando de um jogo. Quem sabe nessa noite, nessa noite do jogo, Antônio tenha pensado pela primeira vez na hipótese do crime.

 

Quando Adriana me perguntou de quem eram aquelas fotografias sobre as quais eu havia dormido — eram oito horas da manhã de outro sábado, minhas costas doíam e eu claramente tinha passado parte da madrugada curvado, literalmente curvado sobre as fotos secretas da caixa marrom-escura. Ao ser tocado na cabeça pela minha mulher, um leve balanço sobre a minha nuca me fazendo despertar, senti sobre o lado direito do rosto uma das fotografias, grudada pelo meu suor a ponto de eu ter que desprendê-la com os dedos quando me vi diante da Adriana, desnorteado pelo sono, tentando entender a mim mesmo e à cena.

— Que fotos são essas, Antônio Carlos?

As polaroides espalhadas sobre a minha mesa de trabalho, muitas delas com imagens de moças bonitas, bonitas ao estilo dos anos setenta, algumas usavam biquini, era compreensível se Adriana tivesse a impressão errada. Esfreguei o rosto com as duas mãos, respirei fundo e disse algo do tipo essas fotos estavam na caixa marrom-escura que comprei na feira, naquele sábado em que fomos juntos, você se lembra, quando abri a caixa eu vi essas fotografias.

Minha mulher é magra e alta, na juventude mantinha os cabelos mais curtos, no máximo à altura dos ombros. Se tornou uma advogada importante atuando em causas ambientais. Em algum momento da história passou a trabalhar todas as noites, chegando em casa por volta das dez e logo perguntando dos filhos, se eles haviam comido, lembrado do dever de casa, tomado o remédio da tosse. Nos fins de semana cuidávamos juntos da casa, íamos ao mercado no meio da tarde, de vez em quando tomávamos uma garrafa de vinho à noite. Nas discussões ela me acusava de ser fechado e eu a rebatia chamando-a de ausente.

Então ela se virou para sair do escritório, e suas costas longilíneas fizeram sombra ao ficarem entre mim e a janela. Ao passar pelo batente da porta ela sussurrou duas vezes Antônio, Antônio, e saiu, sozinha, talvez esperando que eu fosse logo atrás. Mas na minha mesa estavam as sessenta e quatro fotografias espalhadas, fora da ordem narrativa que eu finalmente compusera de madrugada — um trabalho inteiro jogado fora. Soprei o ar com cansaço, olhei um pouco para o lado, procurando o pequeno espelho na parede. Vi a minha própria imagem no reflexo, e ironicamente me lembrei de que não gosto de tirar fotografias. Esse pensamento me fez soltar uma risada um tanto histriônica, e depois me conter dizendo que não era crime. Nada de mais nisso tudo, Antônio.

Uma a uma, fui devolvendo as fotos para a caixa marrom-escura.

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Detalhes do autor

Tiago Amorim

Mestre em Antropologia pelo ISCTE (Lisboa). Autor de quatro livros, entre eles o volume de contos “Verdades e Mentiras“. Casado, pai de dois filhos, vive em Curitiba (PR).