
A ilusão do jornalismo imparcial
A ilusão de um jornalismo imparcial, que espelhe a realidade, é uma das maiores culpadas pelo relativismo que instrumentalizou abertamente os jornais para fins de transformação social.
A partir daí, diante da hegemonia dessa nova função militante, muitos recorrem à velhas ilusões de imparcialidade ou neutralidade como um porrete contra os militantes. Estes apenas riem disso tudo. A esquerda sempre teve razão quando foi a primeira a dizer (ou a monopolizar o discurso) de que a informação pura pretensamente neutra é uma forma de manipulação. A verdadeira informação precisa ser contextualizada e inserida em uma narrativa que sintetize, para o grande público, a realidade a partir de uma base intelectual profunda anterior.
A questão, portanto, não é fazer jornalismo imparcial, de “informação pura”, mas QUEM vai contextualizar corretamente e para qual base intelectual orientadora. Como só a esquerda forneceu essa base interpretativa, permanece o vácuo de contextualização. Mas o antídoto para isso já está disponível graças às redes sociais. É tudo uma questão de organizá-la e adaptá-la à linguagem jornalística. Trabalho fácil que, porém, poucos (ou ninguém) estão empenhados em fazer.
Um dos passos iniciais para compreender o necessário a essa tarefa está no meu curso O Cair das Máscaras, disponível para assinantes do Estudos Nacionais.
Artigos recentes
Detalhes do autor
Cristian Derosa
Mestre em jornalismo pela UFSC e autor dos livros: “A transformação social: como a mídia de massa se tornou uma máquina de propaganda”(2016), “Fake News: quando os jornais fingem fazer jornalismo”(2019) e Fanáticos por poder: esquerda, globalistas, China e as reais ameaças além da pandemia (2020). Editor e colunista do site Estudos Nacionais e aluno do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho.