“A literatura só não é terra devastada por causa dos meus amigos”, diz Tiago Amorim

12, jul, 2024 | Artigos | 1 Comentário

Entrevistamos o escritor Tiago Amorim, que nos fala sobre seu mais novo livro de contos, “Verdades e Mentiras”. Tiago Amorim é mestre em Antropologia pelo ISCTE (Lisboa). Ele é autor de quatro livros, o primeiro deles uma coletânea de ensaios chamada “Abertura da Alma”, também publicada pela Editora Danúbio, em 2015. Casado, pai de dois filhos, Tiago vive em Curitiba, de onde nos concedeu a entrevista.

Neste bate-papo, Tiago fala um pouco sobre o processo criativo por trás das histórias e as inspirações que moldaram o livro. “Verdades e Mentiras” estará à venda brevemente nas melhores livrarias. Antes, os leitores curitibanos terão a oportunidade de conhecer o autor pessoalmente na noite de autógrafos que acontecerá na Livraria da Vila, no Pátio Batel, em Curitiba, no dia 10 de agosto, às 18 horas. Acompanhe a entrevista:

Fale um pouco sobre seu novo livro.

É meu segundo livro de contos, escrito entre 2022 e início de 2024. As histórias foram surgindo ao longo desse período, algumas delas inspiradas em coisas que eu ouvi. De alguma maneira, são histórias de incerteza, medo, conflitos amorosos, a ignorância pessoal dos fatos, as fronteiras entre o real e o imaginado — e até mesmo um temor em relação à eternidade.
 
Como foi o processo de escrita?
 
Intermitente. Não sou um escritor disciplinado e até pouco tempo atrás (terminei de escrever uma novela recentemente) nunca tinha escrito por mais de uma semana seguida. Só pego meu computador para contar uma história quando ela está na minha cabeça há bastante tempo, como se batendo na minha mente e exigindo uma forma escrita. Uma curiosidade a respeito desse novo livro: pus entre os textos o primeiro conto que eu escrevi depois de adulto, por volta de 2015.
 
Algum autor ou obra serviu de inspiração maior para a escrita desses contos?
 
Eu tenho algumas admirações, e são as mesmas há pelo menos cinco anos. Então eu poderia dizer que esses mesmos autores me inspiram (não quer dizer que me influenciem, pois quero acreditar que faço algo diferente como escritor). Posso citar Murakami, Clarice Lispector, Starnone e Elena Ferrante.
 
O que você espera que esse livro cause no leitor?
 
Espero que ele não queira parar de lê-lo (existe prêmio maior para um escritor?). Que ele vire a página.
 
Como você avalia o cenário literário brasileiro atual?
 

Só não é terra devastada por causa dos meus amigos. Vou ser injusto e citar apenas dois: Alexandre Soares Silva e João Filho. A literatura brasileira (atual) se resume a um grupo de Whatsapp do qual faço parte.

 

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