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Ensaios, artigos e entrevistas de interesse cultural. Acompanhe as novidades do mercado editorial!
É preciso comer para viver
Tenho a infelicidade de pertencer à raça humana e de ser prendado de uma fronte sublime que deve fixar continuamente os astros. Falta-me o faro e há muita coisa difícil de engolir.
Mito e Apocalipse
Nós, modernos, preferimos acreditar que o passado era inteiramente primitivo, que o progresso foi gradual e “evolutivo”. Preferimos acreditar que não houve Era Dourada, nem gigantes ou heróis, nem dilúvio, nem mundo antediluviano.
O Dia do Juízo (conto)
Depois de quarenta minutos, porém, algo de novo pareceu acontecer, uma insinuação, um detalhe, uma disputa, que elevou o tom de voz, e despertou do torpor um segurança, a taquígrafa e o cameraman da TV Justiça.
O Saxofonista (conto)
Ao chegar à entrada do Theatro Municipal, acomodou-se na escadaria, observando o movimento na Praça Floriano. Começou a ensaiar um adágio apalpando a dedeira em movimentos suaves, pincelando a clavícula com o queixo.
O teatro da opinião pública
Opinião pública, como já expliquei inúmeras vezes, não é um lugar real. É um palco abstrato construído por uma “aristocracia”, e montado com o dinheiro dos que dominam o debate.
A Subversão Mundial
Não podemos deixar de ressaltar que foram as elites americanas que criaram o dragão chinês; e foram oligarcas ocidentais que fomentaram a Revolução Bolchevique e a expansão do comunismo. O espírito materialista burguês favoreceu o surgimento de doutrinas revolucionárias antitradicionais.
Pavão-Pavãozinho (conto)
Anteviu o corpo enrijecido, o sangue abrindo caminho na pele chamuscada. Controlou-se, entretanto. Como aquele sujeito subira em tão pouco tempo? Ele, Cigarrão, cria do Pavão-Pavãozinho, jamais fora beneficiado. Mas o que poderia fazer?
Uma idéia medíocre (conto)
Era uma espécie de puritano seco, atrelado a certezas, meticuloso e auscultatório. Exteriormente, ele tinha, ao mesmo tempo, algo de idiota e de avaliador de sucursal de casa de penhores em um bairro pobre.
História mal contada (conto)
Aos 55 anos, Quatro-Ventas já furara muito bucho de cabra metido a pirracento, que o desafiava a trocar sopapos no salão de dona Filomena Tavares ou na bodega de seu Josias Albuquerque.
Um católico sem porrete na mão
Sou cristão e católico e basta. Nem tradicionalista, nem progressista, liberal ou conservador. Católico sem porrete na mão e sem catolicômetro. Vir catholicus, no sentido franciscano de universalidade, plenitude, totalidade e integralidade, Para além dos opostos e dos antagonismos humanos e meramente humanos.
Natália (conto)
Olhando-a de frente, como se esperasse por alguma coisa, constatou: não era a mesma de uma semana atrás; havia naqueles grandes olhos castanhos um quê de fatalidade, de renúncia, de incerteza.
Silêncio triunfal
Escutei um silêncio triunfal na rua, e o que vislumbrei me fez fechar o livro do Nelson. (“Ah, mas na minha rua tem muito barulho, funk tocando alto o dia todo!” Não me refiro a esse tipo de barulho, a esse estupro auditivo que todos nós sofremos diariamente. Refiro-me aos sons infantis que sempre fizeram parte da minha infância e que me faziam encher o saco da minha mãe para ser mais uma voz naquela cantoria).
Uma máquina de extinguir ternuras (e outras crônicas)
Tem um tipo muito característico que, sempre que vê uma manifestação de sentimento de ternura voltado a cachorros, fica aflito pensando em crianças para adoção. As duas coisas estão ligadas na mente dele: você fala “ca-“, ele berra “criança”.
Uma idolatria infantil
Peitozuda. Foi esse o apelido que pusemos. Sim, cabe toda sorte de censuras a moleques de nove anos que andam com semelhantes malícias na …
Um arrependimento no leito de morte (e outras crônicas)
Breves crônicas de Alexandre Soares Silva | Um arrependimento de leito de morte: vou achar que devia ter xingado mais. Mas não, quis ser …
A torta de maçã? Não coma, é racista
A típica torta de maçã, colocada sobre um pano e posta no parapeito da janela para esfriar, é um símbolo da América e da americanidade…
O Imperialismo Chinês e a Conquista do Brasil
Ao longo da história a expansão comercial foi muitas vezes a ponta de lança da conquista territorial. Não foram poucos os impérios que usaram este expediente: primeiro os negócios, depois as armas. Hoje, essa mesmíssima estratégia vem sendo implantada, com sucesso crescente, pelos imperialistas chineses, cada vez mais sedentos de domínio global.
Padre Júlio Kowalski (conto)
Conto de Luiz Cezar de Araújo, autor dos livros “A Vida é Traição” e “À Sombra do Pai”. Publicado na revista Estudos Nacionais.
A arte do romancista
A arte do romancista é simples. Ao mesmo tempo, é a mais elusiva de todas as artes criativas, a mais propensa a ser obscurecida pelos escrúpulos de seus servidores e devotos, destinada, mais que qualquer outra, a perturbar a mente e o coração do artista.
O Prêmio (conto)
Conto inédito de Fábio Gonçalves, colunista do Brasil Sem Medo e autor do livro Um Milagre em Paraisópolis. Inspirado em fatos reais.