Por mais que previsse, espantou-se ao ver que tudo era mesmo diferente. Os amigos haviam lhe cantado as maravilhas, mas em tempo algum ele terá se preparado para aquilo.
Ao cruzar a ponte telescópica, e sentir a violência do ar-condicionado, começou a tremer, não sabia se de medo ou frio. Penetrando o corredor que conduzia ao desembarque, o andar apressado, ao ritmo dos outros passageiros…
As formas de composição em verso e em prosa praticadas em cada língua são organizações adicionais de palavras, e possuem valores formais. A mais rigorosa destas formas e a que foi levada à máxima perfeição é o drama.
Saber o que o Burguês entende por um grande homem não é a coisa mais
fácil deste mundo. Qualquer um pensaria que, a seus olhos, o maior dos homens haveria de ser o que tem mais dinheiro. Ora, isso é apenas uma opinião plausível. Mas a coisa não é bem assim.
Caminhava o Senador Galvão. Seguia pela Avenida Atlântica na bela tarde de sol, confiante e perfumado, exibindo a barba branca desbastada caprichosamente. Na cabeça trazia o charmoso chapéu Panamá cobrindo os fios grisalhos; e, no peito, levemente aberta, ostentava a camisa azul celeste de algodão. Trazia também o mais importante, o seu passado, o sobrenome: Galvão, Senador Ângelo Galvão, Ângelo Galvão de Braga e Silva, peso e tradição na política catarinense, um daqueles nomes que abrem portas e dobram joelhos.
Reparem como o negrinho com ranho seco no nariz, que assiste ao seu cartum predileto, o Tom & Jerry, embolado em sua manta xadrez esburacada, tem uma profunda angústia desenhada no rosto. Esse olho espremido, essa ruga na testa, esse beiço de choro, para quem não sabe, é tudo desenho de angústia.
Tanto já era avançada a noite que no boteco xexelento só restavam o Tobias, num vai-e-vem danado, terminando de pôr as coisas nos trinques, e um velho em sobrecasaca e boina muito debruçado no balcão. Estavam mal iluminados por uma única lâmpada amarela-fosca pendida num fio desencapado e pelo jukebox com led multicolorido que ressoava baixinho uma seleção de boleros e bregas.
Bate-papo com o prof. Guilherme Paoliello, mestre e doutor em História pela UFMG, e autor do livro “Raízes do Totalitarismo: uma visão a partir de Mises e Hayek”.
Na conversa, o prof. Guilherme relata a sua trajetória intelectual e acadêmica, sua transformação de ateu niilista e nietzscheano em defensor do liberalismo econômico e da cosmovisão conservadora.
A filosofia de teor idealista e gnóstica que está presente na mentalidade esquerdista leva, fatalmente, à deformação e falsificação dos dados da situação concreta. O conhecimento objetivo da verdade e do real torna-se, assim, impossível.
Aconteceu no último dia 02 de outubro, na cidade de Porto Alegre, a sétima edição do Congresso de Artes Liberais, evento organizado pelo Instituto Hugo de São Vítor.
Um dos palestrantes foi o escritor Diogo Fontana, editor-chefe e fundador da Editora Danúbio, que falou sobre o tema Literatura e Escrita.
Preciso escrever sempre em lugares feios. Escrever é formar uma aura de palavras à minha volta para poder suportar a vida, uma espécie de corpo verbal entre o corpo físico e o astral, como um enfeite, como uma armadura. Se estou num lugar bonito, escrever pra quê?
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