
O Gênio do Cristianismo
Chateaubriand escreveu este ensaio quando ainda ainda queimavam as igrejas, incendiadas pelos revolucionários. O mundo estava tão mudado que sua obra, consagrada a descobrir "as belezas da religião cristã" e seu benfazejo influxo civilizacional, anunciava um novo paradigma, uma contra-revolução, oposta ao pensamento dominante presente nos escritos de Voltaire e similares.
"Quero ser Chateaubriand ou nada", declarou Victor Hugo, reconhecendo a genialidade do seu colega de ofício.
O Gênio do Cristianismo é a obra que anunciava a reação romântica em um mundo saturado pelo racionalismo. Por cima da razão humana impunha-se a razão divina, transbordante, sublime e até mesmo incompressível para a humilde criatura humana.
A admiração pela arte cristã e pela Idade Média, com seus monumentos e catedrais, é expressa nesta grande obra, escrita com uma prosa vigorosa e inspirada, belissimamente traduzida por Camilo Castelo Branco.
Chateaubriand traça um quadro luminoso de toda a herança cultural da civilização cristã, que incorporou e enriqueceu as conquistas culturais da Antiguidade Clássica.

François-René de Chateaubriand
François-René de Chateaubriand (1768-1848), aristocrata, escritor, historiador, ensaísta, diplomata e político francês. Exilou-se em 1791 nos Estados Unidos. Ao voltar para a sua pátria alistou-se no exército realista, foi feriado e exilou-se novamente, em Londres, durante sete anos. É considerado um dos grandes mestres da literatura francesa, tendo influenciado grandes escritores da sua nação. Entre suas obras destacam-se Essai sur Revolutions (1797), Atala (1801)e René (1802).
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