A primeira edição de Origens e Fins foi publicada em 1943. A obra é uma seleção de ensaios literários do mais alto valor estético e cultural. Os textos foram originariamente publicados em diversos jornais do Rio de Janeiro, e posteriormente compilados em livro. Junto com seu antecessor imediato, A Cinza do Purgatório, lançado um ano antes, Origens e Fins apresenta o crítico Otto Maria Carpeaux no ponto mais alto da sua trajetória intelectual.
Nesta nova edição os poemas citados contam com a tradução de Wagner Schadeck, tradutor de Goethe, Rilke, Hölderlin, Baudelaire, Dante, Keats, entre outros.
Otto Maria Carpeaux
Nasceu em Viena, em 1900. Estudou Filosofia, Matemática, Sociologia, Literatura Comparada e Ciências Políticas. Doutorou-se em Química. Foi um intelectual de relevo no meio cultural vienense na década de 30. Após a anexação da Áustria foi perseguido pelos nazistas. Imigrou para o Brasil em 1939.
Carpeaux foi colaborador de diversos jornais e revistas do Rio de Janeiro. Entre seus livros destaca-se a obra-prima História da Literatura Ocidental. Faleceu em 1978, na capital fluminense.
O crítico Antonio Candido (1918) fala de Carpeaux como uma espécie de "herói civilizador", similar a outro grande intelectual estrangeiro radicado no Brasil, Anatol Rosenfeld (1912-1973), também de formação germanista, na medida em que ambos se instalam no país e contribuem de forma decisiva para a atualização do meio literário e a formação de novas gerações da crítica universitária. Há, por exemplo, marcas da influência de Carpeaux na formação de Alfredo Bosi (1936), que em breve ensaio chega a reconhecer sua dívida com o mestre austríaco.