“Enorme “conto” fantástico e burlesco, merece ser lido” — Revista Unamuno
Uma narrativa onírica e assustadora na qual o sonho muitas vezes se torna um pesadelo. Nesse seu quarto romance, Alexandre Soares Silva nos traz mais uma divertidíssima história.
Totolino é um serial killer italiano que mata as suas vítimas enquanto canta as mais famosas peças operísticas. A sua sequência de crimes acaba o tornando mundialmente popular e todo um movimento político e cultural se desenvolve em torno dos seus atos. Quando o assassino resolve vir ao Brasil, em busca de mais uma vítima, a sua presença se torna motivo de controvérsia nacional. Mais que uma sátira, Totolino é uma impressionante alegoria dos tempos loucos em que vivemos.
Alexandre Soares Silva
Alexandre Soares Silva nasceu em 1968. Publicou três romances, A Coisa Não-Deus, Morte e Vida Celestina e A Alma da Festa; uma coletânea de ensaios, A Humanidade é uma Gorda Dançando em um Banquinho; e o volume de contos O Homem que Lia os Seus Próprios Pensamentos.
É roteirista de séries da HBO e colunista da revista Crusoé. Vive em São Paulo.
O que fica claro inicialmente é que personagens como Ponza, Isabel e Andrezito podem ser encontrados nas ruas, nos bares, em qualquer lugar, incluindo nossas casas. Há vida neles, são reais, humanos, como os personagens devem ser. Não estão espalhados no enredo para provar uma tese, ou para caírem em desgraça e assim servirem de batente a uma crítica ao declínio da civilização; não estão ali para inspirar ninguém à santidade ou às grandes obras (como eu disse, melhor procurar nas escrituras). Não são daqueles personagens parlapatões, ou canalhas, ou santarrões, aos quais o leitor assiste como num grande aquário de peixes exóticos — como quem não sabe nadar. São canalhas e conscientes, corajosos e frouxos, inteligentes e patéticos. São, assim, personagens da grande literatura, com os quais você pode trocar de lugar, no seu íntimo, e se imaginar.