
Em mim centelha a brasa dos poetas (poema)
Por Diogo Fontana
Em mim centelha a brasa dos poetas,
Borbulha uma delícia de dizer;
Vaidoso, caço a glória dos atletas,
E rogo a atenção dum esmoler.
Em sonho vem-me um verso de denúncia:
Maldigo o tempo, o entorno, o filisteu.
Teimoso, quero brilho, não renúncia,
E sonho best-sellers, sonho meu.
O mundo e o século são o que são,
Nada além do que Deus deles os fez;
Então a que padeço de ambição,
Anseio demiurgo e burguês?
Mas saio da vereda… Bom seria
Um sino e uma regra todo dia.
Detalhes do autor

Diogo Fontana
Natural de Curitiba, nasceu em 1980. Escritor e editor literário. Fundador da Editora Danúbio.
É autor dos livros “A Exemplar Família de Itamar Halbmann” (2018) e “Se Houvesse um Homem Justo na Cidade” (2022).
Já contribuiu com artigos para o jornal Gazeta do Povo e para veículos de mídia independente.
Mora em Santa Catarina, com a esposa Gabriela e o filho Constantino.
A alma, baila quando a névoa se dispersa e os ” primeiros raios do Sol surgem no horizonte “.
Esse poema ,nos dá a dimensão, de toda a magia que a poesia que nasce d”alma é capaz de produzir diante da dimensao da vida.
Diogo eu o parabenizo por esse,esplêndido poema que nos fala ao coração.
Poemas que se podem cantar são uma maravilha.
Penso que o ritmo é tudo.
Mas a verdade é que o ritmo vem, assim, como em sonho, para aqueles que beberam do hidromel da poesia – diriam os nórdicos. Ou para nós, aqui, em Ocidêntia: para aqueles que beberam do vinho e ouviram o Cristo Interior.
p.s.: final a lá Alberto Caeiro. Muito bom.
Quero um verso como um raio
Que rasgue todas as trevas.