Em “Memória Lusa”, novo livro do filósofo português Miguel Bruno Duarte, o autor rememora a singular cultura real dum povo já porventura esquecido. Miguel Bruno Duarte demonstra como o problema da independência política e da autonomia de Portugal assenta no primado da filosofia pátria sobre as directrizes ideológicas das Nações Unidas enquanto organização supranacional empenhada na implementação hegemónica de uma cultura unificada desde 1945.
Dando a medida exacta do carácter subversivo da “cultura oficial”, o autor presta-se ainda, entre variegados tópicos da cultura nacional-humana, a indagar a silogística e o aristotelismo conimbricense no âmbito da filosofia escolástica e da dedução cronológica, bem como a dilucidar o problema maçónico herdeiro de um iluminismo tendencialmente afeito à política de expressão materialista e cientista, ou mesmo a revisitar a distinta fisionomia medieva de Silves enquanto cidade antiga e monumental do Al-Gharb. De resto, o filósofo olisiponense também memora a notabilíssima forma patriótica como António de Oliveira Salazar logrou salvaguardar os interesses vitais e a concreta e real independência do então Portugal uno e ultramarino perante os horrores provenientes da Segunda Guerra Mundial. “Memória Lusa” é um livro voltado para todos os brasileiros que buscam entender e resgatar a própria matriz cultural.
Miguel Bruno Duarte
Miguel Bruno Duarte é na actualidade um dos mais destacados arautos da filosofia portuguesa na esteira do ideário aristotélico de Álvaro Ribeiro.
O presente livro é expressamente dedicado à memória de Álvaro Ribeiro e de Orlando Vitorino, ao primeiro na medida em que, fazendo das fraquezas forças, legou à cultura nacional-humana uma obra ímpar na qual se espelha a superior tradição aristotélica; ao segundo na justa medida em que, fiel à tradição portuguesa, fez valer o pensamento varão propondo a profiláctica extinção da hodierna instituição universitária ao serviço de organizações internacionais apostadas no apagar da entidade espiritual que é a Pátria Portuguesa.